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  • Writer's pictureTheodora

Para um amor em Dubrovnik

Updated: Aug 7, 2020

Cântico ázimo de sábado para um amor em Dubrovnik

Diante da idéia de fuga serão Ázimos: o pão, o amor e o poema. Não há tempo para fermentá-los durante uma travessia delicada. Ainda assim, São amor, pão e poema. Aqui como em Dubrovnik, e, ázimos, seriam banhados pelo mar Adriático. ºOnde você está, neste exato momento, de sonhos molhados pelo Atlântico Sul Enquanto você ignora a linha de fuga e que são Ázimos¿ O poema, o amor e o pão¿ E que não teremos tempo de fermentá-los¿ A cada vez que eu ouvir “Dubrovnik”  Com suas palavras adjacentes, tais como “Adriático”, Olharei ciganamente para minha mão e acompanharei a linha da vida até o fim. Pensarei em você e nas linhas de fuga. Quase não ouço essas palavras, “Dubrovnik”, “Adriático”, e,  assim, ázimos, o pão, o poema e o amor, Sem tempo para fermentá-los, Diante da ideia de fuga, Tornaremos sagrados a vida e seu corpo no ritual de pesach de todos os sonhos submersos no sábado e na memória.

Camila do Valle


Cántico ázimo de sábado para un amor en Dubrovnik Ante la idea de fuga serán Azimos El pan,  el amor y el poema No hay tiempo para fermentarlos Durante una delicada travesía. Aún así son amor, pan y poema Aquí como en Dubrovnik, y, ázimos, serían bañados por el mar Adriático. Donde vos estás, en este exacto momento, de sueños mojados por el Atlántico Sur mientras ignorás las linea de fuga y qué son  ázimos ¿El poema, el amor y el pan? ¿Es que no tendremos tiempo de fermentarlos? Cada vez que oiga “Dubrovnik” Con sus palabras adyacentes, tales como “Adriático” Voy a mirar ciega mi mano gitana y acompañaré la línea de la vida hasta el fin. Voy a pensar en vos en las líneas de fuga Casi que no oigo las palabras “Dubrovnik”, “Adriático”, y Así Ázimos, el pan, el poema y el amor Sin tiempo para fermentarlos Volveremos sagrados la vida y el cuerpo en el ritual de Pesaj de todos los sueños hundidos en el sábado y en la memoria.


Traducción Alicia Killner





Saturday's unleavened for a love in Dubrovnik


Faced with the idea of escape will be

Unleavened:

bread, love, and poem

No time to ferment them

during a delicate crossing

Even so,

They are love, bread and poem

Here, as in Dubrovnik

and, unleavened, they will be bathed by the Adriatic Sea

Where you are, in this exact moment, of dreams wet by the South Atlantic

While you ignore the escape line and are

Unleavened poem, love, bread?

And that we will not have time to ferment them?

Every time I hear “Dubrovnik”

With its adjacent words, such as “Adriatic”

I'll look down on my hand

and I will follow the line of life to the end. I will think of you and the escape lines.

I hardly hear those words, “Dubrovnik”, “Adriatic”, and,

like this

unleavened bread, poem, and love

Without time to ferment them,

Faced with the idea of escape will be

We will make life and your body sacred in the pesach ritual of all dreams submerged on

the Saturday and in memory


Translated by Lisa Robinson





Cantico azzimo di sabato per un amore in Dubrovnik.

Dinnanzi all’ idea di fuga saranno

Azzimi:

il pane, l’amore e il poema.

Non c’è tempo per fermentarli

Durante

una traversata delicata.

Ma anche così,

Sono amore, pane e poema.

Qui come a Dubrovnik,

e, azzimi, sarebbero bagnati dal mare Adriatico.

Dove tu sei, in questo esatto momento, di sogni bagnati dall’Atlantico Sud

mentre tu ignori la linea di fuga e che cosa sono

Azzimi? Il poema, l’amore e il pane?

E che non avremo il tempo per fermentarli?

Ogni volta che io sentirò “Dubrovnik”

Com le sue parole adiacenti, come “Adriatico”,

Guarderó, come una zingara, la mia mano

E accompagneró la linea della vita fino alla fine. Penserò a te e nelle linee di fuga.

Quasi non ascolto queste parole, “Dubrovnik”, “Adriatico”, e,

così,

azzimi, il pane, il poema e l’amore,

senza tempo per fermentarli,

dinnanzi all’idea di fuga,

faremo diventare sacri la vita e il suo corpo nel rituale di pesach di tutti i sogni sommersi

nel sabato e nella memoria.


Tradotto da Giuseppe Bertazzo







Como poeta e pesquisadora, Camila do Valle interessa-se pelo trânsito entre a Literatura e a Antropologia. Publicou "Mecânica da distração: os aprisântempos" (RJ, poemas, 2005), "Perlas chinas" (Edição Eloisa Cartonera, Bienal de Arte de São Paulo, contos, 2006), “Rockland, Minas Geraes” (Buenos Aires, Eloisa Cartonera, poemas, 2017) e “Penélope terminou o bordado” (Lisboa, 2018 - "livro de artista" com poemas bordados e fotografados, apresentado na Fundação José Saramago em 2019). Coordenou festivais e antologias de poesia escrita no Brasil em países do exterior´, tais como “Entre cielo y suelo - antologia de Armando Freitas Filho”, junto à tradutora Teresa Arijón, publicada na Argentina.  Foi coordenadora e curadora da mostra de Artes Visuais “Ouro sentimental” sobre o diálogo entre artes visuais e literatura na Argentina (Museu de Arte Contemporânea de Niterói, MAC, 2007). Realizou as performances “Muro Tupi” (com o artista Leo Battistelli) e “Natureza Viva” (com as artistas Lucia Vignoli e Nena Balthar) no MAC em 2011 e 2017, respectivamente. É pesquisadora do Projeto Nova Cartografia Social da Amazônia, junto ao qual organizou as publicações: "Nice Guerreira: mulher, quilombola e extrativista da floresta" (2016); "Caboverdeanos en la Argentina - Crónicas de una identidad" (2011, mapa e publicação); "Cartografia Social dos Afrorreligiosos de Belém do Pará" (mapa e livro, IPHAN, 2012). Professora de Literatura Portuguesa, Africanas e da Amazônia na UFRRJ.


Notas:


 A pintura do primeiro vídeo é de Lucia Vignoli e se chama "Mapa e labirinto". A performer é Lana Maria.

A tradução ao castelhano é da psicanalista, que vive em Buenos Aires, Alicia Killner.

A tradução ao inglês foi feita pela jornalista Lisa Robinson, que vive em Londres.

A tradução ao italiano foi feita pelo teólogo italiano, que vive em Lisboa, Giuseppe Bertazzo.

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